A artroplastia total do ombro pode ser feita após infecção prévia?
A artroplastia total do ombro é um procedimento cirúrgico que visa substituir a articulação do ombro por uma prótese, sendo indicado em casos de dor intensa e limitação funcional, geralmente devido a condições como artrite ou fraturas. No entanto, a realização deste procedimento após uma infecção prévia é uma questão complexa que requer avaliação cuidadosa. Infecções podem comprometer a integridade dos tecidos e a cicatrização, tornando o processo cirúrgico mais arriscado.
Antes de considerar a artroplastia total do ombro em pacientes com histórico de infecção, é fundamental que o cirurgião ortopedista avalie a gravidade da infecção anterior, o tipo de patógeno envolvido e o tratamento realizado. Infecções bacterianas, por exemplo, podem levar a complicações como osteomielite, que pode afetar a qualidade do osso e dos tecidos moles ao redor da articulação do ombro.
Além disso, a presença de infecção ativa no momento da cirurgia é um contraindicação absoluta para a artroplastia. A infecção deve ser completamente resolvida antes de qualquer intervenção cirúrgica, pois a introdução de uma prótese em um ambiente infectado pode resultar em falha do implante e complicações graves, como septicemia.
Após a resolução da infecção, o cirurgião deve considerar o tempo decorrido desde a infecção e a recuperação do paciente. O ideal é que haja um período de cicatrização adequado, que pode variar de semanas a meses, dependendo da gravidade da infecção e da resposta do organismo ao tratamento. A avaliação clínica e exames de imagem são essenciais para garantir que a articulação esteja pronta para a cirurgia.
Outro aspecto importante a ser considerado é a escolha do tipo de prótese a ser utilizada. Em casos de pacientes com histórico de infecções, pode ser necessário optar por próteses específicas que minimizem o risco de novas infecções, como aquelas que possuem revestimentos antimicrobianos. Essa escolha deve ser discutida em conjunto com o paciente, levando em conta suas necessidades e expectativas.
O acompanhamento pós-operatório é igualmente crucial. Pacientes que passaram por artroplastia total do ombro após infecção prévia devem ser monitorados de perto para sinais de infecção, dor persistente ou falha do implante. A reabilitação adequada e a fisioterapia são fundamentais para garantir a recuperação funcional e a prevenção de complicações.
É importante ressaltar que cada caso é único, e a decisão sobre a realização da artroplastia total do ombro deve ser tomada em conjunto entre o paciente e o médico ortopedista. O Dr. Fernando Brandão, especialista em ortopedia, está disponível para avaliar casos complexos e orientar sobre as melhores opções de tratamento. Ele aceita diversos convênios médicos, incluindo Amil, Unimed, Bradesco Saúde, entre outros.
Por fim, a artroplastia total do ombro pode ser uma solução eficaz para pacientes com dor e limitação funcional, mesmo após uma infecção prévia, desde que todas as precauções sejam tomadas e o paciente esteja em condições adequadas para o procedimento. A comunicação aberta entre o paciente e o médico é essencial para o sucesso da cirurgia e a recuperação.