Quais riscos cirúrgicos existem na artroplastia total do ombro?
A artroplastia total do ombro é um procedimento cirúrgico que visa substituir a articulação do ombro por uma prótese, geralmente indicado para pacientes com artrite severa, fraturas ou outras condições que afetam a mobilidade e a qualidade de vida. No entanto, como qualquer cirurgia, existem riscos associados que devem ser considerados antes de optar por esse tratamento. Os riscos cirúrgicos podem variar de complicações menores a problemas mais sérios que podem afetar a recuperação e a funcionalidade do ombro.
Um dos principais riscos associados à artroplastia total do ombro é a infecção. Embora a taxa de infecção seja relativamente baixa, a presença de bactérias no local cirúrgico pode levar a complicações graves, exigindo tratamento adicional, como antibióticos ou, em casos extremos, uma nova cirurgia para remover a prótese. A prevenção de infecções é uma prioridade durante o procedimento e no período pós-operatório, com a administração de antibióticos profiláticos e cuidados rigorosos com a higiene.
Outro risco significativo é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma nas veias das pernas. A imobilização após a cirurgia pode aumentar o risco de TVP, que pode se deslocar para os pulmões, causando uma embolia pulmonar, uma condição potencialmente fatal. Para minimizar esse risco, os médicos geralmente recomendam o uso de meias de compressão e a realização de exercícios de mobilização precoce.
Além disso, a rigidez articular é uma complicação comum após a artroplastia total do ombro. Essa condição pode ocorrer devido à formação de tecido cicatricial e à falta de movimento adequado durante a recuperação. A reabilitação e a fisioterapia são essenciais para garantir a mobilidade do ombro e prevenir a rigidez, e os pacientes devem seguir rigorosamente as orientações do fisioterapeuta para obter os melhores resultados.
Lesões nos nervos e vasos sanguíneos também são riscos associados à cirurgia. Embora sejam raras, essas lesões podem resultar em dor, fraqueza ou perda de função no braço. O cirurgião deve ter experiência e habilidade para minimizar esses riscos durante o procedimento, e os pacientes devem ser informados sobre a possibilidade dessas complicações antes da cirurgia.
Outros riscos incluem a instabilidade da prótese, que pode ocorrer se a prótese não estiver posicionada corretamente ou se os tecidos ao redor não suportarem adequadamente a nova articulação. Isso pode resultar em dor e limitação de movimento, exigindo, em alguns casos, uma nova cirurgia para corrigir o problema. A escolha de um cirurgião ortopedista qualificado é fundamental para reduzir a probabilidade de complicações relacionadas à instabilidade da prótese.
Os pacientes também devem estar cientes dos riscos de fraturas peri-protéticas, que podem ocorrer ao redor da prótese durante ou após a cirurgia. Essas fraturas podem ser causadas por trauma ou estresse excessivo na articulação e podem necessitar de tratamento adicional. A educação do paciente sobre a proteção da articulação e a realização de atividades de baixo impacto são essenciais para evitar esse tipo de complicação.
É importante que os pacientes discutam todos esses riscos com seu médico antes da cirurgia. O Dr. Fernando Brandão é um especialista em ortopedia que pode fornecer informações detalhadas sobre a artroplastia total do ombro e os riscos envolvidos. Ele aceita diversos convênios médicos, incluindo Amil, Associação Mineira do Ministério Público, Unimed, Bradesco Saúde, Saúde Caixa, SulAmérica, Cemig Saúde, Brf, Polícia Militar, Mediservice, Cassi e Portal Saúde.
Por fim, a avaliação pré-operatória é crucial para identificar fatores de risco individuais que podem afetar a cirurgia e a recuperação. Condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão e obesidade, podem aumentar o risco de complicações. Um planejamento cuidadoso e uma abordagem multidisciplinar são essenciais para garantir a segurança e o sucesso da artroplastia total do ombro.