Quando o paciente pode movimentar o ombro após artroplastia total?
A artroplastia total do ombro é um procedimento cirúrgico que visa substituir a articulação do ombro por uma prótese, geralmente indicado para pacientes com artrite severa, fraturas ou outras condições que afetam a mobilidade e a dor. Após a cirurgia, a reabilitação é um aspecto crucial para o sucesso do tratamento, e a questão de quando o paciente pode movimentar o ombro é uma das mais frequentes entre os pacientes e seus familiares. O tempo de recuperação e a liberação para o movimento ativo do ombro variam de acordo com a técnica cirúrgica utilizada, a condição pré-operatória do paciente e a adesão ao protocolo de reabilitação.
Nos primeiros dias após a artroplastia total do ombro, o paciente geralmente é orientado a manter o membro em repouso e a utilizar uma tipoia para proteger a articulação. O objetivo inicial é controlar a dor e a inflamação, além de permitir que os tecidos cirúrgicos comecem a cicatrizar. Durante essa fase, o movimento do ombro é restrito, e o foco está em exercícios passivos, que podem ser realizados com a ajuda de um fisioterapeuta. Esses exercícios visam manter a mobilidade da articulação sem forçar a cicatrização dos tecidos.
Após cerca de duas a quatro semanas, dependendo da evolução da recuperação, o médico pode liberar o paciente para iniciar movimentos mais ativos, mas ainda com cautela. É comum que o paciente comece a realizar movimentos leves, como elevação do braço e rotação externa, sempre respeitando os limites do corpo e evitando qualquer tipo de dor intensa. O acompanhamento com um fisioterapeuta é fundamental nesse período, pois ele pode guiar o paciente na execução correta dos exercícios e na progressão das atividades.
Em geral, a liberação total para movimentos mais amplos do ombro ocorre entre 6 a 12 semanas após a cirurgia, mas isso pode variar. O médico ortopedista avaliará a cicatrização dos tecidos, a força muscular e a dor do paciente antes de permitir atividades mais exigentes, como levantar objetos pesados ou praticar esportes. É importante que o paciente siga as orientações médicas e não apresse o processo de recuperação, pois isso pode levar a complicações e a uma recuperação mais longa.
Além disso, a reabilitação após a artroplastia total do ombro não se resume apenas ao movimento do braço. O fortalecimento dos músculos ao redor da articulação é essencial para garantir a estabilidade e a funcionalidade do ombro a longo prazo. Exercícios de fortalecimento devem ser introduzidos gradualmente, sempre sob supervisão profissional, para evitar lesões e garantir uma recuperação eficaz.
Os pacientes também devem estar cientes de que a dor pode persistir durante as primeiras semanas após a cirurgia, e isso é normal. O uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios pode ser necessário para controlar a dor e facilitar a realização dos exercícios de reabilitação. A comunicação constante com a equipe de saúde é vital para ajustar o tratamento conforme necessário e garantir que o paciente esteja confortável durante todo o processo.
O retorno às atividades diárias, como dirigir ou trabalhar, também deve ser discutido com o médico. Cada paciente tem um ritmo de recuperação diferente, e o ortopedista avaliará quando é seguro retomar essas atividades. Em alguns casos, pode ser necessário um período de adaptação antes que o paciente se sinta totalmente confortável em realizar movimentos mais complexos.
Por fim, é importante destacar que a artroplastia total do ombro é um procedimento que pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente, mas a recuperação exige paciência e comprometimento. O acompanhamento regular com o médico ortopedista, como o Dr. Fernando Brandão, que aceita convênios como Amil, Unimed, Bradesco Saúde, entre outros, é fundamental para garantir que o paciente esteja no caminho certo para uma recuperação bem-sucedida.