Lesões do Bíceps: Tendinite e rupturas; quando operar
O que são as lesões no bíceps?
O tendão do bíceps é uma estrutura fundamental que liga o músculo bíceps ao osso, sendo essencial para a força e estabilidade do ombro e do cotovelo. Quando sobrecarregado, pode desenvolver inflamações (tendinite) ou até sofrer rupturas, parciais ou totais. Esse tipo de lesão é comum em atletas, praticantes de musculação e pessoas que realizam trabalhos manuais repetitivos.
A dor no sulco anterior do ombro, sensação de fraqueza ou até um estalo seguido de deformidade no braço são sinais de alerta para lesões no bíceps. Entender os tipos de lesões, os sintomas e os tratamentos — inclusive quando a cirurgia é indicada — é fundamental para preservar a função do braço e retomar as atividades com segurança.
Tipos de lesões do bíceps
As lesões mais comuns são a tendinite e as rupturas. A tendinite é uma inflamação causada por esforço repetitivo ou sobrecarga, levando a dor na parte frontal do ombro, que pode irradiar pelo braço. Ela tende a piorar com movimentos como levantar objetos ou fazer exercícios.
Já as rupturas podem ser parciais ou completas. As parciais provocam dor intensa e perda parcial de força. As completas, por sua vez, podem causar o famoso “sinal do Popeye” — uma deformidade visível causada pela retração do músculo. Nestes casos, a dor pode até diminuir após a ruptura, mas a perda funcional costuma ser significativa.
Quando a cirurgia é indicada
O tratamento conservador (fisioterapia, medicamentos e repouso) costuma ser eficaz em casos de tendinite ou rupturas parciais, especialmente em pacientes mais idosos ou com menor demanda física. Porém, quando há falha no tratamento clínico ou em casos de rupturas completas, especialmente em pacientes jovens ou ativos, a cirurgia passa a ser recomendada.
A cirurgia pode envolver a tenotomia (liberação do tendão) ou a tenodese (fixação do tendão em outro local), com o objetivo de restaurar a força e reduzir a dor. Em casos mais complexos, como lesões associadas a outros tendões do ombro, pode ser necessário um reparo mais amplo.
Como é a recuperação pós-operatória
O tempo de recuperação depende do tipo de cirurgia realizada, mas geralmente envolve uso de tipóia por algumas semanas, seguido de fisioterapia progressiva. A reabilitação adequada é essencial para o sucesso do tratamento e retorno às atividades, podendo durar de 3 a 6 meses.
Pacientes que seguem corretamente o plano de reabilitação costumam recuperar grande parte da força e mobilidade. É importante evitar esforços durante as primeiras fases para garantir que o tendão cicatrize corretamente e sem sobrecarga.
Conclusão
Lesões no tendão do bíceps, embora comuns, exigem atenção para evitar agravamentos. A dor persistente, estalos no ombro ou perda de força são sinais importantes que não devem ser ignorados. Com diagnóstico preciso e tratamento adequado, seja clínico ou cirúrgico, é possível recuperar plenamente a função do braço e voltar à rotina com segurança.
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FAQ
Como saber se estou com tendinite do bíceps?
A dor na frente do ombro, que piora com elevação do braço ou esforço físico, é o sintoma mais comum. A sensibilidade local e a dor noturna também podem indicar tendinite.
A ruptura do tendão do bíceps é sempre visível?
Nem sempre. Rupturas completas podem causar deformidade visível (“sinal do Popeye”), mas rupturas parciais podem não apresentar sinais externos evidentes.
É possível tratar uma lesão do bíceps sem cirurgia?
Sim. Casos leves ou moderados geralmente melhoram com repouso, fisioterapia e medicação. A cirurgia é indicada quando há falha no tratamento conservador.
Quanto tempo leva a recuperação após a cirurgia do bíceps?
A recuperação pode levar de 3 a 6 meses, dependendo do tipo de procedimento e da adesão ao protocolo de reabilitação fisioterapêutica.
A cirurgia do bíceps é segura?
Sim, quando realizada por especialista. Como toda cirurgia, possui riscos, mas tem alto índice de sucesso e melhora significativa da dor e função do braço.
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Dr. Fernando Brandão
Com uma ampla trajetória profissional, o Dr. Fernando Brandão destaca-se por sua prática personalizada, dedicando-se a compreender as necessidades e expectativas únicas de cada paciente. Sua prioridade é estabelecer relações fundamentadas na confiança e empatia, assegurando um atendimento humanizado e de excelência.
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